Temporada 1, Episódio 4: Dra. Evelyn Hooker
Tradução de Daniel Lühmann

Transcrição do episódio
Aqui é Eric Marcus e este é o Making Gay History!
Esta semana você irá conhecer a Dra. Evelyn Hooker. Ela era um acontecimento. Uma força da natureza. Mesmo aos 81 anos. Mas era mesmo preciso ser uma força da natureza para fazer o que ela fez e quando o fez.
Lá nos idos de 1953, a Dra. Hooker começou a trabalhar em um estudo psicológico que foi o primeiro do tipo dedicado a demonstrar que, em relação à sua sanidade, homens gays não eram nada diferentes de homens hétero.
Naquela época, praticamente todo mundo pensava que pessoas gays tinham alguma doença mental. A homossexualidade era uma doença. Até mesmo a maioria das pessoas gays acreditava nisso.
E o que você faz quando está doente? Tenta ser curado. Foi isso que muitas pessoas gays fizeram. Passaram anos e gastaram fortunas tentando superar uma doença que eles nem tinham.
Aqueles que realmente não tiveram sorte foram forçados, contra sua vontade, a passar por tratamentos horríveis que não ficavam nada atrás de técnicas de tortura. Lobotomia, castração química e tratamento de choque. E não estou brincando. Era assim que as pessoas gays eram tratadas.
Esta é uma história de serendipidade, de acaso – um momento crucial na história em que um estudante gay de psicologia, chamado Sam From, botou os olhos na Dra. Evelyn Hooker. Ele instou à Dra. Hooker que estudasse pessoas gays para mostrar ao mundo como elas eram de fato. Isso foi em 1945. Mas a vida acabou entrando na frente e a Dra. Hooker teve que colocar o projeto de Sam de lado. Você pode ler sobre essa parte da vida da Dra. Hooker no nosso site www.makinggayhistory.com.
E então chegamos a 1953, quando a Dra. Hooker retoma o trabalho.
Ela encontrou os homens de que precisava, fez testes psicológicos com eles e depois conseguiu que psicólogos de ponta revisassem os resultados. Quando você ouvir a Dra. Hooker falar de alguém chamado Bruno, é o Dr. Bruno Klopfer, psicólogo alemão. Ele foi um dos participantes da comissão julgadora do estudo.
Então, em agosto de 1989, voei até Los Angeles e fui dirigindo meu conversível alugado, porque afinal era Los Angeles, até o apartamento da Dra. Hooker em Santa Monica. Ficava a umas duas quadras da praia. Ela me recebeu na sala de pé-direito duplo. Estantes de livros iam até o teto. E eu quase engasguei com o ar. Era saturado de fumaça e nicotina. Eu só pensava: “Meu deus, por favor, não fume durante toda a entrevista.” Ela fumou, claro.
Antes de nos sentarmos, a Dra. Hooker me mostrou seu pequeno escritório. Era forrado de armários com as pastas dos sessenta homens que ela estudou. O conteúdo desses armários mudou o curso da história.
Voltamos então para a sala. Dra. Hooker vai na frente. Ela anda de maneira lenta e deliberada. Com artrite na coluna, ela abaixa cautelosamente seu um metro e oitenta de altura para se acomodar em uma confortável poltrona de couro de encosto bem alto. Eu coloco o microfone na blusa dela. Ela acende um cigarro e traga profundamente. E eu começo a gravar.
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Eric: Entrevista com a Dra. Evelyn Hooker. Domingo, 20 de agosto de 1989. O entrevistador é Eric Marcus, o local é a casa da Dra. Hooker em Los Angeles, na Califórnia.
Dra. Hooker: Eles queriam que a gente fosse jantar. Nós fomos. O namorado dele foi apresentado como primo, um homem muito mais velho, George. E você nem acreditaria, porque não viveu aquela época… Você não acreditaria como os homens gays vestiam um terno e… nada de humor, eles tinham medo que eu soubesse que eles… Estavam tão em busca da minha aprovação que tinham medo que eu soubesse que eram gays. Enfim, o jantar foi delicioso e gradualmente eles acabaram virando grandes amigos.
Eric: Ele ainda não tinha te contado que era…
Dra. Hooker: Eu nem sei… Ah sim, aos poucos a fumaça se dissipou porque eles viram que eu não ligava para como eles eram. Eu gostava deles. Achava que eram pessoas muito interessantes. Acabei por gostar muito deles. Nem sequer me lembro de uma vez em que… Tenho certeza de que não houve uma ocasião em que alguém disse: “Olha, nós somos gays, agora será que você…” Não teve nada disso. Eles só foram baixando a guarda de maneira muito gradual.
Depois, quando eu já os conhecia há coisa de um ano, fomos convidados por Sam e George para viajar junto com eles para São Francisco num feriado, era dia de Ação de Graças. Chegamos em São Francisco e, na primeira ou segunda noite que estávamos lá, o Sammy insistiu que devíamos ir ao Finocchio’s.
Dra. Hooker: Meus olhos se arregalaram. Eu nunca tinha visto algo daquele jeito.
Eric: Como era o Finocchio’s na época?
Dra. Hooker: Ah, meu deus. Bom, elas ainda estão lá, aquelas duas rabugentas de Oakland?
Eric: Não sei. Mas para as pessoas que não sabem o que é, você pode só descrever como era o lugar?
Dra. Hooker: Bom, obviamente era um lugar turístico. Não era um bar gay. Sim, só para garantir, eles serviam drinks. Mas era em essência um lugar principalmente turístico, pelo menos da maneira como o vi, para travestis, isso, ou eram travestis ou transexuais. E é claro que era um tipo de mundo completamente diferente. Tinha toda uma falação, falação de mulher como chamavam, e era divertido. Tenho quase certeza que estão todas mortas agora, e isso é uma pena. Elas eram ótimas. Eu achava que elas eram ótimas.
Eric: E aí vocês voltaram para o Fairmont [Hotel]…
Dra. Hooker: Nós voltamos para o Fairmont. Nós nos sentamos para comer alguma coisa antes de dormir. “Agora”, disse ele, “nós deixamos você nos ver do jeito que somos e agora é sua responsabilidade científica fazer um estudo sobre pessoas como nós.” Imagine só isso! E com “pessoas como nós” ele queria dizer: “Nós não precisamos de psiquiatras, nós não precisamos de psicólogos, nós não somos loucos, não somos nada dessas coisas que dizem que somos.” E eu respondi: “Mas eu não poderia estudar vocês porque vocês são meus amigos. Eu não conseguiria ser objetiva em relação a vocês.” E aí ele respondeu: “Hum, podemos arrumar uma centena de homens, quantos homens você quiser. Você é a pessoa certa para fazer isso! Você conhece a gente! E você tem a formação necessária.”
Eric: Por que ele queria que você fizesse um estudo? Qual era o propósito de fazer um estudo sobre esses…?
Dra. Hooker: O propósito de fazer um estudo era o de mostrar ao mundo como nós somos de fato.
Eu conseguia entender que tinha uma certa excitação quanto a fazer algo que você sentia que ia ser revolucionário, independente do que acontecesse. Porque seria a primeira vez que alguém observou esse comportamento e disse: “Olha, vamos usar testes científicos para determinar se isso é patológico ou não?”
Eric: Todo esse tempo, todo mundo dizia que era patológico sem se basear em nenhum estudo.
Dra. Hooker: Sem nenhum estudo. Mesmo naquele grupo relativamente pequeno, eles representavam um apanhado de personalidades, talentos, origens, adequação, saúde mental, tinha de um tudo ali.
Eric: Então nessa altura você sabia que o pensamento da época era incorreto.
Dra. Hooker: Mas eu tinha que provar isso.
Eric: Dra. Evelyn Hooker, fita dois, lado um.
Dra. Hooker: Eu tinha acabado de ler que o Instituto Nacional de Saúde Mental acabara de ser fundado. E pensei comigo: “Nossa, bom, acho que vou me candidatar para o Instituto Nacional de Saúde Mental. Se eles acharem que esse é um projeto que vale a pena ser feito, se o departamento de estudos achar que vale a pena, aí eu faço.”
O chefe do departamento de bolsas pegou um avião e foi passar o dia comigo. Ele queria ver que tipo de doida era aquela. Será que ela é louca mesmo ou será que pode fazer isso? No fim do dia, ele disse: “Devo dizer que estamos preparados para lhe oferecer essa bolsa.”
Decidi depois de consultar o meu consultor estatístico, o Dr. Gingerelli, que ficaríamos com um grupo pequeno, trinta em cada grupo, trinta heterossexuais e trinta homossexuais. Mas o problema era conseguir as pessoas hétero, os homens hétero.
Eric: Por quê?
Dra. Hooker: Bom, mais uma vez, lembre-se, isso foi no começo dos anos 1950. E eu achava que se eu fosse, digamos, a sindicatos e falasse com o diretor de pessoal e explicasse a ele o que eu estava fazendo, ele estaria disposto a falar individualmente com homens que achava que eram heterossexuais completos. Nada disso. Eles não topavam.
Eu não sabia mais o que fazer para encontrar pessoas que tivessem o mesmo nível econômico, de educação etc. que o meu grupo gay, de modo geral. E um dia eu estava enfiada no estudo quando ouvi uns passos descendo pela entrada da garagem, olhei para fora e lá estavam umas pernas usando calças azuis. Aí eu disse: “Minha nossa!” Acontece que eles eram bombeiros, do corpo de bombeiros local e estavam conferindo nossas precauções contra incêndio. Daí eu fui até lá falar com eles. Um deles me disse: “Ah, você é escritora.” Eu disse: “Bom, não, não exatamente. Sou psicóloga.” “Ah”, respondeu ele, “eu tenho dois filhos e eles estão participando de um experimento de psicologia na UCLA.” E eu disse: “Ah, mas você estaria disposto a participar de um experimento de psicologia?” “Ah não, eu não poderia fazer isso”, disse ele. Eu continuei: “Bom, espere aí, mas e nos seus dias de folga?” E ele disse: “Bom, nesses dias sou eu que tomo conta dos meninos.” Eu respondi: “E se eu pagar a babá?” Por fim, ele acabou cedendo e disse: “Ok.”
Ele me apresentou a um policial. E como eu aprendi sobre os meandros da delegacia do centro da cidade. Ele queria falar comigo porque estava tendo problemas conjugais e esperava conseguir trocar alguma ideia por…
Eric: Uma barganha.
Dra. Hooker: Vou te dizer uma coisa, não tem nada mais interessante do que seres humanos. De todo modo, nós todos acabamos… A coisa toda acabou com os dois grupos de trinta.
Naquela época, na década de 1950, todo psicólogo clínico que se prezasse te diria que, com aquelas técnicas de projeção, podia dizer se uma pessoa era gay ou não. Não tem essa. Eu mostrei que eles não podiam não.
Quando o Bruno estava para dar o veredito, as pessoas diziam: “Você nunca vai se safar dessa. A sua expressão vai revelar tudo. Ele vai saber.” E eu dizia: “Ih, nada a ver.” Hm, enfim, ele é um grande especialista em Rorschach, e todo dia, acho que passamos dez dias conferindo todos eles, sem parar. Mas claro que era terrivelmente empolgante ver o Bruno, que dizia: “Você tem que me contar depois onde foi que eu errei.” E ele dizia: “Ah, eu sabia, sabia que tinha alguma coisa aí. Sabia que tinha alguma coisa acolá.” Mas foram dias terrivelmente empolgantes. Terrivelmente empolgantes.
Veja só, eu apresentei esse artigo em uma reunião da Associação Psicológica Americana em Chicago.
Eric: Hm… “The Adjustment of the Male Overt Homosexual” [A adaptação do homossexual masculino declarado].
Dra. Hooker: Isso, isso. O ar estava elétrico. Simplesmente elétrico. E é lógico que tinha pessoas, algumas delas, não muitas, mas tinha pessoas que diziam: “Bom, é claro que isso não pode estar certo.” E se determinavam a tentar provar que eu estava louca. Os psicanalistas mais linha-dura, como o Irving Bieber, por exemplo, começavam a me fuzilar só de me olhar.
Eric: Por que estava tão elétrico?
Dra. Hooker: Bom, quando você está desafiando uma posição comumente defendida e de longa data – e sabe que tem milhares de vidas envolvidas –, acho que todo mundo que, a menos que fossem severamente preconceituosos, como muitas pessoas são, entende, de modo geral era um conceito muito, muito empolgante.
Eric: Qual foi o impacto do seu estudo então, no fim das contas?
Dra. Hooker: Foi ter feito disso um campo de estudo respeitável. Deu início a toda uma avalanche de pesquisas tanto da parte de psicólogos gays quanto dos héteros, gente que criou coragem para fazer isso depois que eu fiz e foi contribuindo com outras partes dessa formulação.
Acho que o que tem mais significado para mim é… hm, desculpe pelo meu choro… Se eu fosse a algum tipo de encontro, qualquer tipo de encontro de gays, eu podia ter certeza de que pelo menos uma pessoa viria até mim para dizer: “Queria te conhecer para poder dizer do que você me salvou.” Estou lembrando de uma mulher, uma mulher jovem que veio até mim em uma reunião e disse que os pais dela, quando descobriram que ela era lésbica, acabaram por colocá-la em um hospital psiquiátrico e que o procedimento padrão desse hospital era aplicar eletrochoque, mas que o psiquiatra dela conhecia o meu trabalho e conseguiu evitar que fizessem isso com ela, e ela tinha lágrimas escorrendo pelo rosto.
Eu sei que… bom… sei que onde quer que eu vá, seja sabendo disso ou não, tem tanto homens quanto mulheres para quem esse meu pequeno trabalho, e o fato de me importar o suficiente para levá-lo adiante, fez uma diferença enorme na vida deles. Por isso acho que esse é o meu monumento.
Eric: E bota monumento nisso.
Dra. Hooker: É mesmo.
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Quando a Dra. Hooker voltou da convenção de Chicago, ela se encontrou com um grupo de homens gays que havia entrevistado para seu estudo em um restaurante em Los Angeles e compartilhou as conclusões com eles.
Mas uma pessoa que nunca soube desses resultados foi Sam From, o amigo da Dra. Hooker. Foi ele quem insistiu para que ela levasse o estudo adiante, antes de tudo. Ele morreu em um acidente de carro antes do estudo ser concluído.
A última vez que falei com a Dra. Hooker foi em 1992. Na época, ela tinha problemas circulatórios e não podia mais viajar. Por isso, ela perdeu a estreia do documentário sobre a vida dela no Castro Theater. Esse cinema fica no coração da comunidade gay de São Francisco.
Mas eu estava lá e, assim que cheguei em casa, liguei para a Dra. Hooker e fiz um relato completo da reação do público. Todo mundo aplaudiu de pé. “Isso foi para você”, eu disse a ela. Não me lembro do que ela disse, mas nunca vou me esquecer da sua voz embargada de emoção. Ela estava tão emocionada e satisfeita. Queria que ela tivesse podido estar lá.
Gostaria de agradecer a nossa produtora-executiva, Sara Burningham, nosso engenheiro de som, Casey Holford, e nosso talentoso compositor, Fritz Meyers. Um obrigado também para Hannah Moch, nossa guru das mídias sociais, ao nosso webmaster, Jonathan Dozier-Ezell, e ao nosso chefe de pesquisa, Zachary Seltzer. Contamos com assistência de produção de Jenna Weiss-Berman, cujo comprometimento com este projeto foi o que o tornou possível.
O podcast Making Gay History é uma coprodução da Pineapple Street Media, com assistência do departamento de manuscritos e arquivos da Biblioteca Pública de Nova York. O financiamento vem da Arcus Foundation, que se dedica à ideia de que pessoas podem viver em harmonia entre si e com a natureza. Conheça mais sobre a Arcus e seus parceiros em www.ArcusFoundation.org.
E se você gostou do que ouviu, por favor, se inscreva no canal do podcast Making Gay History no iTunes, Stitcher, ou em qualquer outra plataforma de podcasts. Você também pode encontrar os episódios em nosso site www.makinggayhistory.com. Lá você também encontra fotos e informações complementares muito interessantes sobre cada uma das pessoas que apresentamos.
Até mais! Nos vemos numa próxima!
Temporada 1, Episódio 4: Dra. Evelyn Hooker é uma cortesia do Making Gay History. Encontre o podcast Making Gay History em todas as principais plataformas de podcast e em www.makinggayhistory.com.
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Notas do episódio
Em 1945, a Dra. Evelyn Hooker, psicóloga da UCLA, e seu marido tomavam uma saideira no Fairmont Hotel em São Francisco com seu ex-aluno Sam From e seu parceiro. Sam disse à Dra. Hooker que era responsabilidade dela estudar homossexuais “normais” para mostrar ao mundo como eles eram de fato – para desafiar a crença disseminada de que pessoas gays eram doentes mentais por natureza. A Dra. Hooker assumiu o desafio logo em seguida, mas a vida passou na frente, adiando sua pesquisa até 1953, quando ela abocanhou uma improvável bolsa do governo para conduzir um estudo que comparava trinta homens hétero a trinta homens gays.
Três anos depois, a Dra. Hooker apresentou as conclusões de seu estudo, “The Adjustment of the Male Overt Homosexual”, na convenção da Associação Psicológica Americana (APA) em 1956, em Chicago (o estudo seria publicado em 1957). Ela sacudiu as bases do seu ofício ao demonstrar que homens gays eram tão sãos quanto homens hétero. Ainda seriam necessários outros dezessete anos para a Associação Psiquiátrica Americana tirar a homossexualidade da lista de doenças mentais do Manual Diagnóstico e Estatístico, mas foi o estudo da Dra. Hooker que abriu o caminho para isso, legitimando a homossexualidade como um campo de estudo respeitável.
Essa história e o estudo envolvem muitas coisas mais. E felizmente são muitos os recursos relacionados, você encontra algumas amostras disso abaixo.
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Katharine S. Milar, PhD e professora de psicologia no Earlham College, faz um panorama conciso da vida e da obra da Dra. Hooker na “Cápsula do tempo” da Associação Psicológica Americana, incluindo detalhes de como ela conduziu esse estudo que foi um marco (e que era referido de maneira pejorativa como “o projeto das maricas” por alguns oficiais do governo).
Para obter uma visão geral da vida da Dra. Evelyn Hooker, incluindo uma linha do tempo biográfica que foi adaptada de um artigo na revista American Psychologist, além de alguns tributos e obituários, veja aqui.
A Associação Psicológica Americana oferece um resumo do revolucionário estudo da Dra. Hooker aqui. Uma cópia do artigo está disponível aqui, mas com acesso restrito (ou pago).
Em 1991, a Dra. Hooker recebeu o prêmio da APA por suas contribuições distintas à psicologia de interesse público. E, em 1992, estreou o documentário Changing Our Minds: The Story of Dr. Evelyn Hooker. Você pode ver um trecho dele aqui. Mas esteja ciente de que as imagens de arquivo sobre lobotomia são pavorosas.
Você pode encontrar também a história oral da Dra. Hooker no livro Making Gay History, de Eric Marcus.
A partir de 2008, a “Divisão 44” da APA (Sociedade para o estudo psicológico de questões lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) nomeou um prêmio anual em homenagem à Dra. Hooker: Evelyn Hooker Award for Distinguished Contribution by an Ally [Prêmio Evelyn Hooker para contribuições de destaque feitas por aliadxs].
Aqui você encontra um panorama do trabalho atual da Associação Psicológica Americana acerca de direitos LGBTQ. O trabalho da Dra. Hooker é citado logo na abertura.
O programa “This American Life” produziu um episódio em 2002 com uma história pessoal surpreendente de Alix Spiegel sobre seu avô psiquiatra e a remoção da homossexualidade da lista de doenças mentais da Associação Psiquiátrica Americana, em 1973. O material inclui entrevistas gravadas com personagens fundamentais desse drama, incluindo o Dr. Charles Socarides e o Dr. John Fryer (também conhecido como Dr. H. Anonymous). É um episódio que precisa ser conhecido e que ajuda a explicar como milhões de homossexuais ganharam uma cura instantânea. O estudo de referência da Dra. Hooker é citado e a defensora dos direitos dos gays Barbara Gittings também é mencionada (embora seja identificada erroneamente como livreira – ela amava livros e tinha um envolvimento profundo com a Associação de Livrarias da América, mas não era livreira).
O Kinsey Institute da Indiana University oferece ainda um tesouro escondido de informações e pesquisas sobre sexualidade e gênero de humanos.