A BOLHA vai arrebentar
sua gramática

A Bolha Editora está inaugurando uma nova vida e você está convidado a fazer parte

Para começar, preparamos uma seleção fina de conteúdo para seu deleite visual e intelectual. Primeiro, com um livro digital gratuito do artista Rodrigo Martins, 48 Retratos. Inscreva-se para receber o livro direto na sua caixa de entrada e saber mais sobre nossos autores, histórias e inspirações.

Pequenos negócios vivem de relações pessoais

Nós somos uma editora pequena.

Todo pequeno negócio depende das relações que ele estabelece com sua comunidade. A ideia de se relacionar com você pela lista torna nossa relação mais pessoal. Isso exige de nós retribuição à altura do seu grau de confiança. 

Por que se inscrever na nossa lista? Você já pode ter muitas inscrições, e se pergunta se vale a pena ter mais uma, ou talvez você nunca se inscreva em lista alguma com receio de lotar sua caixa com anúncios, vazar seus dados ou achar que, se quiser saber de alguma coisa da gente, basta entrar na nossa página do facebook ou site.

➔ Seus dados estão e sempre vão estar seguros: a privacidade foi um fator determinante para escolher nosso sistema. Todas as informações permanecem confidenciais antes, durante e depois da sua inscrição.

➔ Certos tipos de conteúdo não são adequados às redes sociais. Se pensar bem, vai perceber que o facebook é uma rede baseada na quantidade e na dispersão, portanto distante e impessoal, por mais que isso subverta o senso comum de que redes sociais constituem uma “comunidade”. Quanto mais likes mais trombeteiam proximidade entre os membros. Nelas se teclam, não se falam. Pelo e-mail, podemos desenvolver ações concretas, tipo dar um zine gratuito de presente. Nosso foco é na qualidade. Queremos conteúdo compartilhado relevante para dividir com quem realmente se interessa.

➔ Sua caixa de entrada é um espaço privado e nós entendemos isso. Nunca vamos mandar spam, sequências de ofertas sem fim ou conteúdo raso.

Nosso compromisso é em estabelecer uma relação honesta, e vamos discorrer sobre temas como num interlóquio. O mesmo cuidado que temos com o conteúdo dos livros, teremos com o conteúdo da lista. Nós não publicamos qualquer coisa, não importa se em papel ou na internet.

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48 Retratos

A ideia de que o bom artista é o que possui a técnica mais aprimorada mal pode ser considerada caduca, pois curiosamente ainda é repetida como bordão: "Meu filho poderia ter feito isso". Mas em época alguma fez sentido. Esse embate parece ser inevitável no desenvolvimento de uma carreira artística, mesmo que o tempo reserve tal discussão para a ceia de natal. Mas, por incrível que pareça, ela pode surgir onde menos esperamos...

Em junho de 2013 o MASP recebia uma exposição de Lucian Freud, um dos mais renomados retratistas contemporâneos. Em uma breve pesquisa com os artistas de rua que se instalam em frente ao museu, ficou clara a falta de interesse de todos ali pelo trabalho de Freud. "Quem desenha bem o Luciano Huck, certamente irá desenhar bem você", é a mensagem traduzida em desenhos expostos na feira. Assim se resume a arte para um número relevante de pessoas. O que podemos fazer diante disso? Nada! Ou melhor, fazer o Luciano Huck a carvão. Só o Luciano? Não! Mais quem? Figuras públicas aleatórias. Quantas? 48. Por quê? Porque foi o número que Gerhard Richter escolheu para sua série "48 Retratos", que por sinal parece bastante com esses desenhos da feira.

Rodrigo Martins​

A Bolha é uma editora única

Somos pequenos apenas para o mercado vendedor de livros categorizado pelo lucro. Não somos amadores. Nosso periscópio nos permite ver a inquietude de leitores ávidos por vivenciar o que a arte, principalmente a visual, tem de perturbadora, caótica. Estamos há quatro anos no mercado, e um dos feedbacks mais recorrentes é sobre a qualidade gráfica e de conteúdo das nossas publicações. Nós criamos obras estranhas aos olhos pasteurizados da literatura pronta, acabada.

Toda obra põe em crise o código, mas ao mesmo tempo o potencializa; revela seus aspectos insuspeitados; transgredindo-o, integra e reestrutura-o, modifica as atitudes. A linguagem habituou-nos a representar certos fatos segundo determinadas leis de combinação mediante fórmulas fixas.

(Umberto Eco, A Estrutura Ausente, p. 69)

Esse conceito de Eco faz parte de nossa filosofia.

Muitos se espantam ao saber que se trata de uma editora de não mais que cinco pessoas. A quantidade de trabalho que conseguimos gerir com os recursos que temos às vezes realmente faz parecer que somos uma editora enorme. Mas não somos nem queremos ser.

Não somos os maiores nem os melhores. Mas temos a certeza de que somos únicos, no sentido do trabalho que desempenhamos no meio editorial brasileiro. O desejo de começar A Bolha veio justamente da observação de que certos tipos de narrativas visuais e literatura não eram encontradas por aqui. Isso nos deu uma perspectiva muito clara da linha curatorial que passamos a perseguir e concluímos que a paixão por obras marginais poderia ser transformada num conhecimento precioso para cobrir essa lacuna no mercado. O resultado disso é que conseguimos oferecer ao público livros que não são encontrados em nenhuma livraria brasileira. Confia na gente e vem viver essa história mais perto da gente.

todas as imagens desta página foram retiradas de publicações d'A Bolha Editora