OS FINS DO LIVRO: LEITURAS, ECONOMIAS E PÚBLICOS
Matthew Stadler, 2011 [tradução de Daniel Lühmann]
A crise editorial é o colapso do livro enquanto mercadoria, como nexo de compra. É isso. Esse é o ponto principal que destruiu subsistências e que pode arruinar corporações. Ironicamente, essa catástrofe também cega editoras para um movimentado renascimento na cultura da leitura. Ler e comprar nunca foram um par perfeito – eu diria até mesmo que são opostos. Conforme o mercado editorial se esforça para configurar novos locais de compra e resgatar uma economia que costumava apoiar escritoras através da venda de livros, surgem novas e vigorosas comunidades de leitura, tanto on-line quanto em livros de pequenas tiragens. Para aqueles dentre nós que amam ler e que estão cansados de comprar, este é um momento notável e repleto de oportunidades. A questão com que somos confrontados, a despeito do que acreditam muitas editoras, não é como recuperar as compras, e sim como criar uma economia viável numa cultura de leitura.
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